9.3.11

Polícia recupera em Dom Pedro- MA 100 quilos de explosivos roubados

Estão presos os dois acusados de furtar explosivos de uma empresa, no município de Capinzal do Norte, a 260 quilômetros de São Luís, em novembro passado. A dupla foi apresentada na tarde de ontem, em coletiva, pela Secretaria de Estado de Segurança (SSP).







Todo o material furtado – cerca de 100 quilos de explosivos e mais 200 espoletas – foram recuperados. Segundo a polícia, a dupla preparava a venda do material a quadrilhas especializadas em assalto a banco no Nordeste. Eles foram transferidos a Penitenciária de Pedrinhas e devem responder por furto e formação de quadrilha.






A prisão e apreensões foram fruto da Operação Nitroglicerina, deflagrada pelo Departamento de Combate a Crimes contra Instituições Financeiras da Delegacia Especial de Investigação Criminal (Decrif/Deic) há quatro meses. Outros membros da quadrilha já foram todos identificados e podem ser presos a qualquer momento.



A polícia não informou quantos membros do grupo permanecem foragidos. Para prender os acusados os agentes se infiltraram no bando e estudaram a movimentação até chegar aos culpados. Outra prioridade da polícia era recuperar os explosivos. “Conseguimos desarticular a quadrilha e encontrar todo o equipamento roubado. Com esta ação evitamos que outras agências viessem a ser assaltadas”, destacou o secretário da SSP, Aluísio Mendes.






Foram presos Higgo Pereira da Silva, 32 anos. Ele é natural de Pedreiras, mas residia em Joselândia. Pesam sobre Higgo vários processos por roubo, inclusive a bancos. Segundo a polícia, Higgo teve participação no assalto à agência do Banco do Brasil de São Domingos do Maranhão, em janeiro último. Na investida a quadrilha fez uso de explosivos e deixou o local completamente destruído conseguindo fugir levando o dinheiro. Higgo possui um mandado de prisão preventiva expedido pela comarca de Santo Antônio dos Lopes por roubo a agência do Banco do Brasil daquele município em abril de 2009. Em depoimento à polícia ele confessou ter participado diretamente do furto aos explosivos. Após monitorar a empresa e a movimentação de funcionários por alguns dias, o acusado constatou a deficiência na segurança.






Durante uma noite inteira esteve de tocaia na área de matagal e, após, encerradas as atividades, Higgo adentrou o local e encontrou os explosivos. A quadrilha furtou durante a madrugada, quatro caixas de 25 quilos cada. O outro detido, Antônio Fernando Ferreira, o “Baixote”, 30 anos, foi flagrado com os explosivos em sua casa, no município de Dom Pedro.






Material roubado podia explodir







O material estava mal acondicionado em um depósito localizado em uma chácara de propriedade do acusado, no povoado Centro do Estevinho, em Dom Pedro. Segundo a polícia, nas condições em que se encontrava, o explosivo estava sob risco de detonamento. “Baixote” já esteve preso quatro vezes – duas por assalto a banco e outras duas por roubo a carga. Há contra ele um mandado de prisão em flagrante por formação de quadrilha. A dupla estaria em contato com quadrilhas de roubo a banco que costumam utilizar explosivos. O material seria negociado nos próximos dias, segundo a polícia. Há suspeita de que a quadrilha da qual a dupla faz parte tenha ligação com o bando interestadual que assaltou uma agência na cidade de Icó, distante a 375 km da cidade de Fortaleza (CE), no último dia 2. A prisão da referida quadrilha foi realizada pela Coordenadoria de Inteligência da Secretaria de Segurança Publica e Defesa Social (Coin) do Ceará e agentes da Delegacia de Narcóticos (Denarc), a partir de informações repassadas pela Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) do Maranhão.






Os explosivos foram roubados da empresa Georadar, de prospecção de gás natural, no município de Capinzal do Norte, dia 21 de novembro do ano passado. O material explosivo furtado é da marca Dnapex, pós-gel encartuchado. Tem formato cilíndrico. O poder de destruição é devastador, alertou o secretário. Um quilo detonado atinge cinco mil metros por segundo de velocidade e tem capacidade para destruir uma construção das medidas do aeroporto Hugo da Cunha Machado. A dinamite é detonada por espoletas – 200 foram recuperadas – que são acionadas por qualquer equipamento que libere centelhas e ondas magnéticas, a exemplo de aparelho celular ou dispositivo dotado de pilha. O quantitativo que destruiu totalmente a agência de São Domingos do Maranhão, por exemplo, equivale a menos de um quilo. “Dá para mensurar o perigo da permanência deste montante de explosivos nas mãos desta quadrilha”, disse o secretário Aluísio Mendes.



Segundo Mendes, para estas quadrilhas, o mais importante e valioso são os explosivos pelo poder de destruição e, após, a facilidade para carregar os caixas eletrônicos e roubar os cofres. “As empresas devem ter mais responsabilidade quanto à segurança deste material que manuseiam”, alerta Mendes, atribuindo os roubos de explosivos ao descuido com a estocagem. Estiveram na coletiva o superintendente de Polícia Civil da Capital, Jair Paiva, o delegado geral Nordman Ribeiro e o delegado geral da Deic Marcos Afonso.

Um comentário:

G.D. News disse...

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